segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

(2)-COLÓNIAS DA MAGNA GRÉCIA

Como demonstram as cerâmicas e demais materiais encontrados durante as escavações, os gregos já freqüentavam os portos italianos na idade micenea, ou seja, entre os séculos XVI e XI a.C., enquanto na primeira metade do século VIII a.C., os calcidenses – península grega, hoje da Turquia, entre os golfos de Salonica e Orfano - se instalavam na ilha de Ischia, iniciando deste modo a colonização grega na Itália.
Os calcidenses fundaram depois Cuma, Nápoles, Reggio, Catania e Zancle, enquanto os corintos fundaram Selinunte e Siracusa, os rodienses Gela e Agrigento e os archei da Acádia Sibari, Metaponto e Crotona.
Taranto, foi à única colônia fundada pelos gregos que haviam migrado de Esparta. Esparta, cidade da Grécia antiga ás margens do Eurotas, fundada pelos Dórios, povo que invadiu a Grécia no séc. XII a. C.
No século VI a.C. iniciaram as lutas entre as cidades. Siri foi destruída e Crotona não conseguiu submeter Locri. Entretanto, ao redor do ano 510 a.C., houve uma guerra entre Sibari e Crotona que terminou com a destruição da primeira.
Em meados do V século a.C., através de uma iniciativa dos atenienses, foi fundada, na área da antiga Sibari, a colônia dos Turi, os tarantinos.
Nos últimos anos do século V, Crotona e Turi, como herdeiros de Sibari, além de Caulonia e Metaponto, aderiram ao acordo “italiota” para se defender dos ataques dos Lucanos e de Dionigi I, dito o tirano de Siracusa. A esta aliança, em seguida aderiu Reggio, enquanto Locri e Taranto se posicionaram do lado do tirano.
Dionigi I, no ano de 389 a.C., venceu o exercito da aliança italiota, destruiu Reggio e forçou o grupo a aceitar o controle de Taranto. Porem, nos anos seguintes, tiveram que recorrer inúmeras vezes aos soldados mercenários gregos para se defender dos sabelos - grupos de populações dos apeninos, e dos iapigios, região da Itália colonizada pelos gregos.
Depois do domínio tirânico de Agátocle, rei de Siracusa, nos primeiros anos do III século, Taranto pediu a intervenção do rei de Epiro, Pirro II, contra os romanos, porque estes estavam auxiliando Turi contra os Lucani. O resultado deste conflito, que aconteceu entre 280-275 a.C., foi que toda a região teve que se submeter a Roma.
Na idade arcaica, a Magna Grécia constituiu uma das áreas culturalmente mais ativas do mundo grego: no fim do VI século, a conquista da Ásia Menor pelos Persas, produziu um movimento migratório que levou para o ocidente um grande numero de filósofos, intelectuais e artistas, entre os quais Pitágoras e Senofane de Colofone, que se responsabilizou pelo surgimento de escolas filosóficas em Eléia com Parmênides e Zenão, e medicas em Crotona. A magna Grécia teve assim um papel muito importante na transmissão da cultura grega para Roma.

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