segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

(1) ITÁLIA PRÉ-ROMANA

Com o nome Itália, no III séc. a.C., era indicada somente a região da Calábria que ao sul coincidia com os rios Magro e Rubicão. Em 49 a.C., tornando-se romana também a Gália Cisalpina, foi considerada Itália também a região Norte. A Sicília e a Sardegna, no entanto, só foram agregadas à Itália no III séc. d.C., depois da reforma de Diocleciano.
A pré-história, na Itália, se estendeu por mais tempo do que nas zonas orientais, porque os primeiros documentos que testemunham a civilidade retroagem ao II milênio a.C.
A verdadeira idade histórica teve inicio somente no VIII século.a.C. quando os gregos colonizaram a Itália meridional e no centro-norte floreceu a civilização etrusca.
Entre o VIII e o IV século a.C., chegaram à Itália, vindos da Mesopotâmia e suas circunvizinhanças, os povos indo-europeus, e estes, na Itália, foram chamados “Itálicos”.
As colônias gregas, ao redor do VI século a.C., desencadearam ferozes lutas para conquistar a sua hegemonia, lutas estas que foram posteriormente objeto das atenções da Atenas de Péricles.
A civilização etrusca, na Itália, se manteve independente por quatro séculos, e nesse período desenvolveu uma cultura de elevado nível. A necessidade de se expandir, entretanto, levou os etruscos a enfrentar os gregos e os romanos ao Sul, e os Gauleses ao Norte, e desta forma, de conquista em conquista, a Etruria acabou sendo anexada. Estes fatos aconteceram no período que da pré-história se estendem até ao VIII século. a.C.

Reconhecendo as dedicações ao trabalho, por parte dos espíritos que se haviam localizado na Itália primitiva, então dividida em duas partes importantes, que eram a Gália Cisalpina e a magna Grécia, ao Norte e ao Sul da península, os prepostos e auxiliares de Jesus projetam a fundação de Roma, que se ergueu rapidamente, coroada de lendas numerosas, para desempenhar tão grande papel na evolução do mundo.
Há esse tempo, o vale do Pó era habitado pelos etruscos, que se viam humilhados pelas constantes invasões dos gauleses (os Celtas). De todos os elementos que formaram os ascendentes da Itália moderna, eram eles dos mais esforçados, operosos e inteligentes. Nas regiões da Toscana, possuíam largas industrias de metais, marinha notável, destacado progresso no amanho da terra e, sobretudo, sentimentos evoluídos que os faziam diferentes das coletividades mais próximas. Acreditavam na sobrevivência e ofereciam sacrifícios às almas dos mortos, venerando os deuses cujas disposições, em cada dia, presumiam conhecer através dos fenômenos comuns da natureza.
Atormentados e desgostosos em face das lutas reiteradas com os gauleses, os etruscos decidiram tentar vida nova e, guiados indiretamente pelos mensageiros do invisível, grande parte resolveu fixar-se na Roma do porvir, que, então, nada mais era que um agrupamento de cabanas humildes e desprotegidas.
Defendida naturalmente pelo adensamento constante da população, a cidade mergulhou as suas origens numa corrente profunda de histórias interessantes e maravilhosas, onde as figuras de Enéias, de Réia Silvia, de Rômulo e Remo assumiram papel saliente e singularíssimo.
A verdade porém, é que os etruscos, em grande maioria, edificaram as primeiras organizações da cidade, fundando escolas de trabalho, transportando para aí as experiências mais valiosas dos outros povos, criando uma nova terra com o seu esforço enérgico e decidido. Lá encontraram eles as tribos latinas Ramnenses, Titienses e Lucíenses, congregadas para a edificação comum, das quais assumiram a direção por longos anos, construindo os alicerces das realizações futuras.
Quando Rômulo chegou, seus olhos já contemplaram uma cidade próspera e trabalhadora, onde fez valer a sua enérgica inteligência, mas não faltou à posteridade o gosto de tecer-lhe uma coroa lendária e fantasiosa, chegando-se a afirmar que a sua figura fora arrebatada no carro dos deuses, com destino ao céu.
Fonte: livro “A Caminho da Luz” pelo espírito Emmanuel
e psicografado por Francisco Candido Xavier

As primeiras comunidades humanas surgiram na Itália por volta do fim do Paleolítico. Gradualmente, passaram da caça e do recolhimento para a cultivação da terra, e depois disso, a formas mais estáveis de habitabilidade. Na segunda metade do III milênio a.C. começaram a trabalhar os metais.
No inicio do II milênio a.C., alguns povos se fixaram, ao norte, ao redor dos lagos da Lombardia, e por volta da metade deste milênio, difundiram-se os povos chamados “terramar” nas zonas que hoje são identificadas pelo nome de Modena e Piacenza.
A civilização que mais progredia, a “vilanoviana”, se fez presente ainda no fim deste mesmo milênio, e da região hoje conhecida como Bolonha, chegou até ao Piceno, região na costa do mar Adriático onde hoje se situam as cidades de Ancona, Macerata e Ascoli, construindo vilarejos de cabanas.
A partir do XIV a.C., começaram a se difundir populações de pastores semi-nomades ao longo da cadeia montanhosa dos Apeninos centrais que vieram a ser chamadas “appenninicas”. Nesta epoca, as migrações indo-européias que continuavam chegando do medio-oriente, começaram a forçar as populações que habitavam estas regiões a fugir para a Sicília. Os “itálicos”, então, tomaram posse e se estabeleceram na região centro-sul da península.
Com o nome “itálicos”, os romanos designavam as populações não latinas, ou seja, os Arias ou ainda indo-europeus, com as quais guerrearam, o que veio a caracterizar a fase mais antiga da sua história. Ao longo das guerras púnicas, contudo, os itálicos se associaram a Roma e, depois da vitória, parte deles conseguiu a cidadania romana.
No VIII século a.C., as principais populações da Itália eram as “liguri e veneti”, no norte, “Umbro-Sabelli e Latini”, no centro, “Lapigi, Lucani e Bruzi”, no Sul, “Siculi e Sicani” na Sicília e “Sardani e Liguri” na Sardenha.
Neste período, enquanto a Itália meridional continuava sendo colonizada pelos Gregos, no centro-norte se desenvolvia a civilização Etrusca.

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