segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

(6)-RELIGIÃO

Os cultos às inúmeras divindades eram de responsabilidade dos diversos colegiados sacerdotais, mas o mais importante era aquele dos pontífices, dirigido pelo pontífice máximo que na fase monárquica era o rei, e na imperial o imperador, que se ocupavam com a construção de pontes sobre o rio Tevere, elaboravam o calendário das festividades e redigiam um livro no qual descreviam os eventos históricos chamados “annales”. Havia ainda o colegiado dos “Salii” (assim eram chamados porque nas suas cerimônias dançavam em honra de Marte, o deus da guerra, batendo a ponta de suas lanças sobre os escudos (a lenda dizia que guardavam o escudo de Marte que havia caído sobre a terra), e aquele das “Vestali”, que eram sacerdotisas virgens que se ocupavam do culto a Vesta (deusa do braseiro domestico e símbolo da eternidade de Roma), escolhidas entre as famílias mais importantes desta cidade com a responsabilidade de cuidar do fogo sagrado (correspondia a deusa Héstia dos gregos). Alem destes, havia o dos “Auguri” (seus discípulos observavam o vôo e o canto dos pássaros, além das vísceras dos animais sagrados depois de sacrificados, extraindo destas observações os conselhos pertinentes a todas as decisões importantes) e por fim aquele dos “fezali” - que só se manifestavam em casos de guerras ou alianças).
Entre os deuses, os três mais importantes eram Quirino (como vimos, Rômulo, o fundador de Roma), Marte o deus da guerra e Luperco. Este ultimo era uma divindade dos bosques (um fauno que tinha a responsabilidade de manter os lobos afastados das ovelhas), que era festejado todos os anos no dia 15 de fevereiro. Nessa data os Lupercos se encontravam em uma gruta do Palatino, onde acreditavam que havia morado a loba que amamentara Rômulo e Remo, onde desenvolviam cerimoniais nos quais era sacrificados uma cabra e um cachorro. Nestes eventos se alimentavam com pães feitos pelas vestais.
A pele da cabra sacrificada, retirada e cortada em tiras, era utilizada para fabricar chicotes com os quais, depois do banquete, golpeavam todos os que cruzavam seu caminho. Nesses momentos, enquanto os homens se afastavam para não serem atingidos, as mulheres se aproximavam porque acreditavam que depois de serem chicoteadas engravidariam com mais facilidade.
Relevante, porém, era a importância atribuída as divindades familiares, os “Lari” e os “Penati” que eram os espíritos dos antepassados que continuavam vivendo para proteger suas respectivas famílias. Possuíam em cada lar seus pequeninos templos diante dos quais, todas as manhãs, o chefe da casa colocava alimento e bebida para garantir a prosperidade da casa e das colheitas.
Em verdade as divindades romanas eram inúmeras, e entre elas, muitas se identificavam com os deuses gregos: Vênus – a deusa da beleza, Diana – a deusa da caça, Netuno – o deus do mar, Mercúrio – o mensageiro dos deuses, Apollo – o deus do sol etc. etc.

REPUBLICA ROMANA

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